Património

Religioso

Capela de Nossa Senhora da Penha

É um dos templos mais antigos da cidade de Esmoriz. Em 1623, surgem as primeiras referências documentais que apontam para a sua existência, embora sob a configuração inicial de ermida. No ano de 1645, o abade João de Pinho reedifica o templo, deixando mesmo uma inscrição epigráfica: IOANES:PINIABAS:FECIT:ANNO 1345 (a data foi inscrita com um lapso, em vez de um 3, deveria ter figurado um 6 = 1645).  

No século XVIII, a capela foi demolida e reconstruída novamente, o que justificou um investimento de 355$000. Em 1751, fez-se um novo coro. Em 1854, foi construída uma torre, e em 1872, o edifício religioso seria dotado de novos sinos. No final do século, procedeu-se ao douramento do altar. Aliás, a Capela de Nossa Senhora da Penha apresenta ainda hoje no seu interior um belíssimo altar de talha dourada que impressiona qualquer cidadão.  

No século XX, seguiram-se ainda inúmeras intervenções de restauro. 

A capela encontra-se rodeada por sobreiros, carvalhos e castanheiros, sendo assim envolvida num meio harmonioso.

Igreja/Capela de Nosso Senhor das Febres

A primitiva Capela de Nosso Senhor das Febres deverá remontar aos inícios do século XVIII, surgindo identificada posteriormente em 1738, quando os moradores de Gondesende solicitaram reedificá-la, processo que ocorrerá até 1742 ou 1743. 

Ao início, o templo contava apenas com um altar, um retábulo liso e uma imagem grande de Cristo Crucificado. No século XIX, efectuaram-se obras de restauro, contudo no século seguinte, começará o seu declínio. Em 1914, parte do telhado da capela ruiu, e dois anos depois, os moradores de Gondesende vieram à Junta de Freguesia solicitar a reabilitação integral do novo templo, meta que viria a ser concretizada em 1918. No entanto, não iria perdurar por muito tempo. 

De acordo com o Padre Aires de Amorim, na sua monografia “Esmoriz e a sua História”, esta capela viria a ser demolida em 1983, apresentando já um inequívoco estado de degradação, além de que se havia registado um claro crescimento populacional em Gondesende (o que suscitou a necessidade de um templo mais amplo).

Nos finais da década de 70, começaria a construção da nova Igreja do Nosso Senhor das Febres que acabaria por ser inaugurada no início da década seguinte (80’s)traduzindo-se numa obra moderna que conjugou toda uma excelente aplicação dos trabalhos de carpintaria e pedraria. 

Capela de Nosso Senhor dos Aflitos e de Nossa Senhora da Boa Viagem

A fé cristã deveria encontrar-se enraizada na Praia de Esmoriz desde há vários séculos.  

Dentro deste contexto, a primeira capela ali conhecida oficialmente remontaria ao ano de 1866, embora tivesse sido benzida em 25-08-1867. Ao início, esta primeira Capela de Nosso Senhor dos Aflitos, de construção modesta e de reduzidas dimensões, possuía um arraial à sua volta e era bastante requisitada pela comunidade vareira. Todavia, o fim anunciado deste templo ocorreria talvez ainda na primeira metade do século XX. O avanço do mar ameaçaria a integridade da capela, e pior do que isso, esta começava a degradar-se drasticamente, dado que em 1941, o seu telhado ameaçava cair.  

Projetou-se assim a construção de uma capela mais moderna e distanciada face ao mar, a qual viria a substituir a anterior. A bênção da primeira pedra ocorreu em 28/09/1941, contudo a inauguração só ocorreria em 22/08/1948 (quase sete anos depois!), contando com a bênção do Pároco Vieira Pinto. Este novo edifício tinha justificado um investimento de 200 000 $. 

A nova Capela do Nosso Senhor dos Aflitos e da Nossa Senhora da Boa Viagem detém um altar em mármore, uma cruz em honra de Nosso Senhor dos Aflitos, as imagens do Sagrado Coração de Jesus e do Menino Jesus, da Senhora da Boa Viagem, Nossa Senhora de Fátima, São Pedro, São Paulo, São Brás e Santa Luzia, etc.  

O templo é alvo de devoção especial durante as procissões das Festas do Mar que decorrem, durante o Verão (mais concretamente, em finais de Agosto), em Esmoriz.

Igreja Matriz de Esmoriz

A Igreja Matriz de Esmoriz situa-se no centro da cidade e conhece como sua padroeira a Nossa Senhora da Assunção. No entanto, as origens da sua criação suscitam dúvidas. Os primeiros párocos conhecidos para Esmoriz podem ser encontrados já em meados do século XIII, o que implica a existência de um templo naquela terra, durante aqueles períodos mais remotos, contudo a documentação medieval não permite apurar a sua localização.  

Sabemos sim que, pelo menos, no século XVI terá existido um templo principal, o qual começou por dispor de um chão de terra e que, entre 1590 e 1592, albergou caixilhos de pedras das sepulturas, antes de ser coberto mais tarde por soalho. No século XVII, a Igreja começa a deter alguns azulejos, expressões artísticas religiosas e novos painéis de tela, enriquecendo assim o seu interior. No século XVIII, a tendência mantém-se: reforçam-se os paramentos e as alfaias e o templo começa a evidenciar-se na região. Ainda assim, entre 1892 e 1895, a Igreja foi reedificada, renascendo então sobre as fundações do anterior templo. 

No século XX, a Igreja Matriz de Esmoriz irá ser dotada de ornamentos religiosos e de equipamentos modernos. Assim sendo, procedeu-se ao azulejamento exterior (entre 1920-1926), à construção de novos altares para albergar novas imagens de santos, ao empedramento do adro, à instalação de um novo sistema sonoro e da eletrificação, etc.  

Capela(s) de São João

No lugar do Campo Grande, subsiste igualmente um culto cristão muito antigo. No ano de 1844, já surge documentada a existência de uma Capela de São João na rua das Cavadas. Julga-se que terá sido edificada a mando da Família Pinto. Desde cedo, se encontrou ornamentada com as imagens de São João, São Pedro e Nossa Senhora das Dores. Em 1968, seria reabilitada, tendo sido lá colocada a imagem de São Judas Tadeu. Será a partir da década de 60 que se afirmarão naquele lugar as festas sanjoaninas. Este templo mais antigo ainda é, nos dias de hoje, pertença de particulares. 

Em 2011, foi construída, inaugurada e benzida uma nova Capela no Largo de São João. 

O projecto da sua construção foi da autoria do Engenheiro António Albertino Santos Ferreira. Actualmente, este templo é propriedade da Associação das Festas Sanjoaninas, cujos dirigentes têm zelado pela preservação e dinamização do templo.

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