Património

Etnográfico

Arte Xávega e Pesca

A pesca em Esmoriz surge, pela primeira vez, documentada nas inquirições de 1288, aludindo, daquela feita, à atividade exercida na Barrinha de Esmoriz. Em 1315, Martim Rodrigues, cavaleiro da Quinta da Torre, deixava em testamento ao abade de Cortegaça alguns bens, de entre os quais, o seu barco e tresmalho, sinal de que a exploração piscatória já se encontrava enraizada na terra, durante o período medieval. 

A Arte Xávega constitui uma tipologia tradicional de pesca, em que um grupo de pescadores através de um barco a remos lança as redes em alto mar para cercar os cardumes, voltando ao ponto de partida, onde as ditas redes serão puxadas até ao areal com recurso a bois ou tratores, recolhendo-se depois os peixes capturados.  

Em Esmoriz, esta prática surge referenciada, pelo menos, a partir do século XVII. Nos primórdios da atividade, muitas companhas abdicavam de parte do dinheiro para as confrarias religiosas. Por outro lado, estas também chegaram a incentivar a prática piscatória.  

No século XIX, o número de companhas existentes na Praia de Esmoriz aumenta indiscutivelmente.

Agricultura

Apesar de ter perdido espaço económico, a agricultura foi até ao início do século XX uma das principais atividades de subsistência do povoado de Esmoriz. A produção de milho, trigo, aveia e cevada teve alguma expressão nos espaços rurais da terra. As sementeiras, as ceifas, as desfolhadas, as colheitas, as malhas, as trocas de serviços entre agricultores foram uma realidade noutros tempos. Juntamente com essas tradições e no âmbito de um convívio social frequente, nasceram também os cantares do povo e os adágios populares da terra. Muitos habitantes de Esmoriz conciliavam nas suas vidas as práticas agrícola e piscatória, tirando proveito daquilo que a terra e o mar poderiam oferecer. 

Agricultores e pescadores da terra utilizaram, durante séculos, a indumentária tradicional: os primeiros, utilizavam calças de lã e camisas brancas de estopa, além de um casaco de pano; já os segundos adoptavam camisas de flanela ou de lã de diferentes cores com quadrados estampados, munidos de um barrete/carapuça preta.  

Além da agricultura e da pesca, também havia lugar para a criação de gado, nomeadamente de galinhas e algum gado suíno e bovino.  

A Arte Xávega constitui uma tipologia tradicional de pesca, em que um grupo de pescadores através de um barco a remos lança as redes em alto mar para cercar os cardumes, voltando ao ponto de partida, onde as ditas redes serão puxadas até ao areal com recurso a bois ou tratores, recolhendo-se depois os peixes capturados.  

Em Esmoriz, esta prática surge referenciada, pelo menos, a partir do século XVII. Nos primórdios da atividade, muitas companhas abdicavam de parte do dinheiro para as confrarias religiosas. Por outro lado, estas também chegaram a incentivar a prática piscatória.  

No século XIX, o número de companhas existentes na Praia de Esmoriz aumenta indiscutivelmente.

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